sexta-feira, 1 de outubro de 2010

INOCENTE - Ministério Teatral Kadoshi, Separados para um Missão.


INOCENTE
Um juri. O público é o "Corpo de Jurados"...O acusador é o próprio Inimigo, o Diabo, Satanás...O réu é a Ré, uma pecadora...O Juiz é o mesmo Salvador.


  *JUIZ (vestido a caráter bata branca suja de sangue por baixo da roupa convencional de Jesus, uma bata branca com um manto vermelho por cima);
*ACUSADOR (terno e gravata vestido como se fosse um advogado);
*RÉ (uma camisa branca uma calça branca e uma roupa muito suja e meio rasgada por cima para facilitar na hora de rasgar as vestes);
*ENTREGADOR DA COROA DE ESPINHOS A JESUS (sem critérios pode estar vestido de qualquer forma).

Cenário: uma cadeira grande e bem arrumada com uns mantos de cor azul aos pés da cadeira (essa cadeira será a cadeira do Juiz) e mais adiante, um pouco afastada a cadeira do réu.
Sonoplastia: Música NADA ALÉM DO SANGUE (Fernandinho)



A peça inicia-se somente em cena o juiz no trono (o lugar onde se encontra a cadeira do juiz tem que estar com pouca iluminação) entra o acusador trazendo o réu e joga o réu aos pés da cadeira do juiz (o acusador não percebe a presença do juiz) e se apresenta aos "jurados" (o jurado é o público o acusador interage com o público).


ACUSADOR: Dispenso apresentação senhoras e senhores, como é notável sou satanás a acusação... (fazendo uma pergunta retórica)
Estão vendo essa pessoa?
A ré!!! (o acusador pega a ré que está caída no chão e a coloca sentada na cadeira), pois bem senhoras e senhores (pausa o inimigo começa a rodear a cadeira do réu e fazer acusações)...ela matou,...roubou, mentiu,...hehehe,...agindo com orgulho, gula,..., cheia de ira, dada a luxúria,...você é avarenta!!!
Agora é um pouco tarde pra se lamentar, pra ficar com essa carinha de coitadinha...(colocando as mãos sobre o ombro da ré)
Esqueceu do seu passado?
Que pena...
Porque eu tenho uma excelente memória, e vou te fazer lembrar cada detalhe...
Aliás, isso é o que eu sei fazer de melhor...
ACUSAR...
Culpada!
Porque tantas vezes mentiu achando que ninguém saberia...uma mentirinha ali, outra aqui, lá, acolá,...
A ré quis mal a tanta gente, por pura INVEJA, e ainda dizia:"QUERO QUE ACONTEÇA PRA "DEUS" FAZER JUSTIÇA"!!! Que deus você se referia com tamanha ira e soberba, heim?! Cospe no prato que come!!!...Gulosa!!!!...
Desprezava os pobres nas ruas e na igreja,... não dizimava, não ofertava,... e quando fazia costumava a reter o dízimo, oh justo Juiz! hahaha...
Quantos lares você destruiu com a parceira Pombagira!!!
Fez tanta lambança com a malígna língua,...hahaha,...solidariedade e amor fraternal estavam fora do seu dicionário,... uma A-VA-REN-TA!!!
Se esqueceu?
(pausa o inimigo agora abre os braços num tom sarcástico) que saudade da nossa rodinha de amigos, de fumar um cigarrinho pra passar o tempo...
Não sabe vigiar...hihihi...eu estava ali o tempo todo do seu lado...
E eles, cadê todo mundo?
Você está sozinho agora, não tem ninguém por você.
Ninguém. (a luz acende na cadeira do juiz que fala autoritário:)

JUIZ: Porque vens a minha presença acusador?
(o acusador inclina-se como que reverenciando o Juiz)

ACUSADOR: (APONTANDO PARA A RÉ) ESSA É A MULHER...

JUIZ: Sim sei que é a mulher, qual a acusação?

ACUSADOR: Ela é ré do juízo, pois pecou desde o princípio...

JUIZ: (o juiz olha para ambos, a ré estar com o rosto prostrado) Quais as provas? O que tens contra ela?

ACUSADOR: (pergunta retórica) Ela?!
Era pra estar no Jardim do Éden, mas foi expulsa por desobediência...
E até os dias de hoje continua a de-so-be-de-cer...
Ela?! (apontando para a ré) tem cometido pecado contra os homens e contra ti, ó justo juiz (o inimigo fala isso com tom de falsidade inclinando-se perante o juiz), pois só tu és Deus,...eu mesmo reconheço isso, e até estremeço,...agora esta? Não faz caso algum de ti.

JUIZ: Diante das provas, que direito tens sobre ela?

ACUSADOR: (com tom de alegria como se estivesse tentando convencer o público da culpa da ré) DE MATÁ-LA, DE DESTRUÍ-LA... O QUE DIZ A TUA LEI? (O INIMIGO AO FALAR VIRA-SE PARA O JUIZ SE INCLINANDO LEVEMENTE COM TOM DE FALSIDADE) Não matarás, ama ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas, honra a teu pai e a tua mãe, e tudo isto (pausa o inimigo aponta furioso para a ré)
Ela tem cometido o que quero que ela faça!...e nesses últimos dias tem sido cada vez pior, se entregando as paixões da carne! Por isso, juiz, senhores jurados (voltando-se para ambos os lados). Não há esperança para ela.

JUIZ: (faz uma pausa, olha para a ré e pergunta:) E a ré o que tens a dizer? Como se declara?

RÉ: CULPADA! Pequei contra ti, contra ti somente, já não sou digna de ser chamada tua filha, mas sou digna de morte, de morte eterna...

JUIZ: (coloca-se de pé olha para a ré e pergunta) Não há ninguém por você?! Ninguém por você?! (o juiz senta-se novamente e aguarda a resposta da ré)

RÉ: Não senhor juiz, não há ninguém por mim, ninguém... Perdoe-me...

(o inimigo interrompe a ré, bradando em alta voz)

ACUSADOR: Cale-se! (virando-se para o juiz) Justiça! Faça justiça senhor juiz, dê o seu veredicto, o universo inteiro aguarda sua decisão! Justiça faça justiça...

JUIZ: (coloca-se de pé, olha para o acusador e para a ré, e diz:) INOCENTE!

ACUSADOR: (EM TOM DE DESESPERO) Como? A tua lei manda que seja morta! Quem recebera a condenação no lugar dela? (com tom de falsidade) acaso serei eu?! Ou os jurados?! Quem morrerá em seu lugar?

JUIZ: (O JUIZ AINDA DE PÉ OLHA FIXAMENTE PARA O ACUSADOR DEIXANDO CAIR A MANTA QUE COBRE AS VESTES SUJAS DE SANGUE NESSA HORA UM ATOR JÁ POSICIONADO NO MEIO DO PÚBLICO LEVANTA-SE E VAI ATÉ O JUIZ E COLOCA SOBRE SUA CABEÇA UMA COROA DE ESPINHOS).

 O JUIZ PROSSEGUE DIZENDO: INOCENTE! (MÚSICA DE FUNDO "NADA ALÉM DO SANGUE")

PORQUE EU ME FIZ MALDIÇÃO EM SEU LUGAR (JESUS APROXIMA-SE DA RÉ, ESTENDE AS MÃOS E DIZ:) É TEMPO DE GRAÇA FILHA MINHA, DÁ-ME TEU CORAÇÃO...

(A RÉ SE JOGA AOS PÉS DE JESUS)

Eu vim para que tenham vida e vida em abundância. Na verdade na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou têm vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.
(A RÉ RASGA AS VESTES SUJAS DEIXANDO APARECER AS VESTES LIMPAS)

O SENHOR PEGA NA MÃO DA RÉ E COM A MÃO DIREITA APONTA PARA O PÚBLICO, E DIZ: FILHA, AGORA VÁ E NÃO PEQUES MAIS!


*A RÉ VAI ANDANDO EM DIREÇÃO AO PÚBLICO DE FUNDO A MÚSICA BEM ALTA. ENTRA O GRUPO DE DANÇA COM A MÚSICA "Nada além do Sangue!" (Fernadinho)

 FIM....


 Nada Além do Sangue - Fernandinho

"Teu Sangue leva-me além / A todas as alturas
Onde ouço a Tua voz / Fala de Tua justiça pela minha vida / Jesus, este é o Teu Sangue / Tua cruz mostra a Tua graça / Fala do amor do Pai / Que prepara para nós / Um caminho para Ele / Onde posso me achegar / Somente pelo sangue

Refrão:
(1) Que nos lava dos pecados / E nos traz restauração /
Nada além do sangue / Nada além do sangue / De Jesus
(2) Que nos faz brancos como a neve / Aceitos como amigos de Deus / Nada além do sangue / Nada além do sangue / De Jesus / Eu sou livre, eu sou livre / Nada além do sangue / Nada além do sangue / De Jesus.

Alvo mais que a neve / Alvo mais que a neve / Sim, neste sangue lavado / Mais alvo que a neve serei."


Fonte: www.teatrocristao.net
Script modificado por: MINISTÉRIO TEATRAL KADOSHI, Separados para uma Missão - Igreja Família da Graça, Comunidade Cristã - Ipiaú/BA. 


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