terça-feira, 31 de maio de 2011

Posicionamento da AMTB quanto ao projeto de Lei PL 122/2006



AMTB - Associação de Missões Transculturais Brasileiras

A Associação das Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), é uma entidade representativa de 43 agências missionárias que abrigam missionários vinculados a mais de 120 diferentes denominações evangélicas. Tem como missão pregar o Evangelho entre outros povos e culturas, através de uma evangelização que liberta e que, diferente da mera catequese impositiva de símbolos e práticas religiosas, tem por objetivo compartilhar os valores cristãos centrados em Jesus Cristo, tendo nas Escrituras Sagradas a sua única regra de fé e prática, numa abordagem dialógica e expositiva, respeitando os valores de cada grupo étnico ou social, a partir do direito inalienável de cada pessoa ter acesso a novas informações e repensar seus valores e princípios num ambiente de liberdade de consciência e expressão. 

Em função da tramitação no Senado Federal, do projeto de lei 5003/2001, PL122/2006 da Câmara dos Deputados, que visa à criminalização de manifestações contrárias à orientação sexual da homossexualidade, chamada lei da homofobia, e da recente decisão do Superior Tribunal Federal sobre a união estável entre pessoas do mesmo sexo, a AMTB vem a público manifestar o seguinte:

1- O artigo 5º da Constituição Federal em seu ‘caput’, afirma que todos somos iguais perante a lei, sem distinção de quaisquer naturezas, garantindo-se aos Brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida e à liberdade. Ao tratar das garantias fundamentais afirma que é livre a manifestação do pensamento e inviolável a liberdade de consciência e crença.

2- A Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu artigo 19 acrescenta ainda que este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar receber e transmitir informações ou ideias por quaisquer meios.

3- Fundamentada nos valores cristãos de amor ao próximo e em sua experiência de respeito às diferenças culturais, a AMTB considera inaceitável qualquer tipo de discriminação, violência ou manifestação de ódio à qualquer pessoa em função de raça, credo, cultura, sexo ou posicionamentos individuais.

4- Entende que o respeito ao posicionamento de qualquer pessoa quanto à sexualidade
homossexual, não a torna correta por si mesma, e não pode impedir que quem dela discorde, expresse livremente sua opinião. A mesma sociedade democrática que reconhece o direito de escolha, pressupõe que valores de grupos ou segmentos não podem sobrepor aos dos outros, em um ambiente de convivência harmônica e pacífica.

5- Dentro do princípio de liberdade religiosa, a AMTB continuará expressando em sua evangelização que Deus criou homem e mulher, que a sexualidade heterossexual é a reconhecida pela Igreja de Cristo com base nos ensinos da Bíblia, respaldada pela tradição cristã e que por isso, considera a prática do homossexualismo como pecado, por contrariar a natureza criada por Deus. Este posicionamento, entretanto, não a impede de amar, respeitar e dialogar com pessoas de qualquer outra opinião.

6- Mesmo reconhecendo que o Estado Brasileiro é laico, consideramos como legítimo o posicionamento dos parlamentares cristãos, que em uma democracia representativa devem pautar sua conduta legislativa respeitando os valores da sociedade nacional, no caso brasileiro, de maioria cristã e que valoriza a família como base da sociedade. Portanto não se caracteriza interferência religiosa no estado a luta pela preservação do que preconiza a nossa constituição no Art.226, quando diz: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do estado” e no seu parágrafo 3º “é reconhecida a união estável entre homem e mulher como entidade familiar”.

7- Considera legítima as conquistas de segmentos da sociedade que tem lutado por leis mais justas e igualitárias, no campo dos direitos civis. Entretanto as garantias extendidas às pessoas do mesmo sexo que vivem juntas, por um contrato de convivência, ainda que justas, não podem adquirir status de casamento ou família, uma vez que não atendem a outros requisitos sociais.

8- A AMTB considera inapropriado o uso do termo "homofobia" como vem sendo largamente imposto à opinião pública. A fobia como medo mórbido, aversão ou intolerância não condiz com o comportamento amistoso no relacionamento com pessoas, normalmente adotado pela comunidade evangélica, que se sente agredida pela forma pejorativa e acusatória com que tem sido tratada, ao zelar por suas convicções e pelo direito de expressá-las.

Finalmente conclamamos o Povo Brasileiro, em todas as suas divisões, o Congresso Nacional e as demais instâncias da Nação a se posicionarem contra a discriminação e a qualquer tipo de preconceito, mas também em favor da garantia dos direitos de liberdade e de expressão sem privilégios a qualquer segmento da sociedade em detrimento da democracia. A AMTB rejeita qualquer dispositivo legal que promova a censura e atente contra a liberdade e que criminalize o direito individual de consciência e de expressão individual ou coletiva.

São Paulo, 30 de Maio de 2011
Presidente: Silas Marchiori Tostes
1º Vice-presidente: Sérgio Paulo Martins Nascimento
2º Vice-presidente: Rocindes José Correa
1º Secretário: Pr. Valdir Soares da Silva
2º Secretário: Antonia Leonora van der Meer
1º Tesoureiro: Jéferson Martins Costa
2º Tesoureiro: Ronald Silva Carvalho

Fonte:Todah Elohim

sábado, 28 de maio de 2011

MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO OU ABERRAÇÃO TEOLÓGICA???


Em tempos de aberrações teológicas, apologistas e líderes evangélicos demonstram perplexidade diante de desvios doutrinários.

O crente brasileiro sabe: vez por outra, a Igreja Evangélica brasileira é agitada por uma novidade. Pode ser a chegada de um novo movimento teológico, de uma doutrina inusitada ou mesmo de uma prática heterodoxa, daquelas que causam entusiasmo em uns e estranheza em outros. Quem frequentava igrejas nos anos 1980 há de se lembrar do suposto milagre dos dentes de ouro, por exemplo. Na época, milhares de crentes começaram a testemunhar que, durante as orações, obturações douradas apareciam sobrenaturalmente em suas bocas, numa espécie de odontologia divina. Muito se disse e se fez em nome dessa alegada ação sobrenatural de Deus, que atraiu muita gente aos cultos. Embora contestados por dentistas e nunca satisfatoriamente explicados – segundo especialistas, o amarelecimento natural de obturações ao longo do tempo poderia explicar o fenômeno, e houve quem dissesse que a bênção nada mais era que o efeito de sugestão –, os dentes de ouro marcaram época e ainda aparecem em bocas por aí, numa ou noutra congregação.

Outras manifestações nada convencionais sacudiram o segmento pentecostal de tempos em tempos. Uma delas era a denominada queda no Espírito, quando o fiel, durante a oração, sofria uma espécie de arrebatamento, caindo ao solo e permanecendo como que em transe. Disseminada a partir do trabalho de pregadores americanos como Benny Hinn e Kathryn Kuhlman, a queda no poder passou a ser largamente praticada como sinal de plenitude espiritual e chegou com força ao Brasil. A coqueluche também passou, mas ainda hoje diversos ministérios e pregadores fazem do chamado cair no poder elemento importante de sua liturgia. A moda logo foi substituída por outras, ainda mais bizarras, como a “unção do riso” e a “unção dos animais”. Disseminadas pela Comunhão Cristã do Aeroporto de Toronto, no Canadá, a partir de 1993, tais práticas beiravam a histeria coletiva – a certa altura do culto, diversas pessoas caíam ao chão, rindo descontroladamente ou emitindo sons de animais como leões e águias. Tudo era atribuído ao poder do Espírito Santo.

A chamada “bênção de Toronto” logo ganhou mundo, à semelhança das mais variadas novidades. Parece que, quando mais espetacular a manifestação, mais ela tende a se popularizar, atropelando até mesmo o bom senso. Mas o que para muita gente é ato profético ou manifestação do poder do Senhor também é visto por teólogos moderados como simples modismos ou – mais sério ainda – desvios doutrinários. Pior é quando a nova teologia é usada com fins fraudulentos, para arrancar uma oferta a mais ou exercer poder eclesiástico autoritário. “A Bíblia diz claramente que haverá a disseminação de heresias nos últimos dias, e não um grande reavivamento, como alguns estão anunciando”, alerta Araripe Gurgel, pesquisador da Agência de Informações Religiosas (Agir). Pastor da Igreja Cristã da Trindade, ele é especialista e seitas e aberrações cristãs e observa que cada vez mais a Palavra de Deus tem sido contaminada e pervertida pelo apelo místico. “Essa tipo de abordagem introduz no cristianismo heresias disfarçadas em meias-verdades, levando a uma religião de aparência, sensorial, sem a real percepção de Deus”, destaca.

“Não dá para ficar quieto diante de tanta bizarrice”, protesta o pastor e escritor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ). Apologista, ele tem feito de seu blog uma trincheira na luta contra aberrações teológicas como as que vê florescer, sobretudo, no neopentecostalismo. “Acredito, que, mais do que nunca, a Igreja de Cristo precisa preservar a sã doutrina, defendendo os valores inegociáveis da fé cristã. A apologética cristã é um ministério indispensável a saúde do Corpo de Cristo”. Na internet, ele disponibiliza farto material, como vídeos que mostram um pouco de tudo. Um dos mais comentados foi um em que um dos líderes do Ministério de Madureira das Assembleias de Deus, Samuel Ferreira, aparece numa espécie de arrebatamento sobre uma pilha de dinheiro, arrecadado durante um culto. “Acabo de ver no YouTube o vídeo de um falso profeta chamado reverendo João Batista, que comercializa pó sagrado, perfume da prosperidade e até um tal martelão do poder”. acrescenta Vargens.

Autor do recém-lançado livro Cristianismo ao gosto do freguês, em que denuncia a redução da fé evangélica a mero instrumento de manipulação, o pastor tem sido um crítico obstinado de líderes pentecostais que fazem em seus programas de TV verdadeiras barganhas em nome de Jesus. “O denominado apóstolo Valdomiro Santiago faz apologia de sua denominação, a Igreja Mundial do Poder de Deus, desqualificando todas as outras. E tem ensinado doutrinas absolutamente antibíblicas, onde o ‘tomá-lá-dá-cá’ é a regra”. Uma delas é o trízimo, em que desafia o fiel a ofertas à instituição 30% de seus rendimentos, e não os tradicionais dez por cento. A “doutrina das sementes”, defendida por pregadores americanos como Mike Murdoch e Morris Cerullo nos programas do pastor Silas Malafaia, também rendeu diversos posts. Segundo eles, o crente deve ofertar valores específicos – no caso, donativos na faixa dos mil reais – em troca de uma unção financeira capaz de levá-lo à prosperidade. “Trata-se de um evangelho espúrio, para tirar dinheiro dos irmãos”, reclama Vargens. “Deus não é bolsa de valores, nem se submete às nossas barganhas ou àqueles que pensam que podem manipular o sagrado estabelecendo regras de sucesso pessoal.


Crise teológica – Numa confissão religiosa tão multifacetada em suas expressões e diversa em termos de organização e liderança, é natural que o segmento evangélico sofra com a perda de identidade. O próprio conceito do que é ser crente no país – tema de capa da edição nº 15 de CRISTIANISMO HOJE – é extremamente difuso. E muitas denominações, envolvidas em práticas heterodoxas, vez por outra adotam ritos estranhos à tradição protestante. Joaquim de Andrade, pastor da Igreja Missionária Evangélica Maranata, do Rio, é um pesquisador de seitas e heresias que já enfrentou até conflitos com integrantes de outras crenças, como testemunhas de Jeová e umbandistas. Destes tempos, guarda o pensamento crítico com que enxerga também a situação atual da fé evangélica: “Vivemos uma verdadeira crise teológica, de identidade e integridade. Os crentes estão dando mais valor às manifestações espirituais do que à Palavra de Deus”.

Neste caldo, qualquer liderança mais carismática logo conquista seguidores, independentemente da fidelidade de sua mensagem à Bíblia. “Manifestações atraem pessoas. O próprio Nicodemos concluiu que os sinais que Cristo operou foram além do alcance do povo, mas não temos evidência de que ele tenha mesmo se convertido”, explica o pastor Russel Shedd, doutor em teologia e um dos mais acreditados líderes evangélicos em atuação no Brasil. Ele refere-se a um personagem bíblico que teve importante discussão com Jesus, que ao final admoestou-lhe da necessidade de o homem nascer de novo pela fé. “Líderes que procuram vencer a competição entre igrejas precisam alegar que têm poder”, observa, lembrando que a oferta do sobrenatural precisa atender à imensa demanda dos dias de hoje. “Mas poder não salva nem transmite amor”, conclui.

“A busca pela expansão evangélica traz consigo essa necessidade de aculturação e, na cultura religiosa brasileira, nada mais puro do que a mistura”, acrescenta o pastor Fabrício Cunha, da Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo. “O candomblé já fez isso, usando os símbolos do catolicismo; o espiritismo, usando a temática cristã; e agora, vêm os evangélicos neopentecostais, usando toda uma simbologia afro e um misticismo pagão”, explica. Como um dos coordenadores do Fórum Jovem de Missão Integral e membro da Fraternidade Teológica Latinoamericana, ele observa que mesmo os protestantes são fruto de uma miscigenação generalizada, o que, no campo da religião, tem em sua gênese um alto nível de sincretismo.

Acontece que, em determinadas comunidades cristãs, alguns destes elementos precisam ser compreendidos como estratégias de comunicação e atração de novos fiéis. Aí, vale tanto a distribuição de objetos com apelo mágico, como rosas ungidas ou frascos de óleo, como a oferta de manifestações tidas como milagrosas, como o já citado dente de ouro ou as estrelinhas de fogo – se o leitor ainda não conhece, saiba que trata-se de pontos luminosos que, segundo muitos crentes, costumam aparecer brilhando em reuniões de busca de poder, sobretudo vigílias durante a noite ou cultos realizados nos montes, prática comum nas periferias de grandes cidades como o Rio de Janeiro. O objetivo das tais estrelinhas? Ninguém sabe, mas costuma-se dizer que é fogo puro, assim como tantas outras manifestações do gênero.

“Alguns desses elementos são resultado de um processo de sectarização religiosa”, opina o teólogo e mestre em ciências da religião Valtair Miranda. “Ou seja, quanto mais exótico for a manifestação, mais fácil será para esse líder carismático atrair seguidores para seu grupo”. Miranda explica que, como as igrejas evangélicas, sobretudo as avivadas, são, em linhas gerais, muito parecidas, o que os grupos sectários querem é se destacar. “Eles preconizam um determinado tópico teológico ou passagem bíblica, e crescem em torno disso. Objetos como lenços ungidos, medalhas, sal ou sabonete santificados são exemplos. Quanto mais diferente, maior a probabilidade de atrair algum curioso”. A estratégia tende a dar resultado quando gira em torno de uma figura religiosa carismática. “Sem carisma, estes elementos logo provocam sarcasmo e evasão”, ressalva. O estudioso lembra o que caracteriza fundamentalmente um grupo sectário – o isolamento. “Uma seita precisa marcar bem sua diferença para segurar seu adepto. Quanto mais ele levantar seus muros, mais forte será a identidade e a adesão do fiel.”

“Propósito de Deus”– Mas quem faz das manifestações do poder do Espírito Santo parte fundamental de seu ministério defende que apenas milagres não bastam. “É necessário um propósito e uma mudança de vida”, declara o bispo Salomão dos Santos, dirigente da Associação Evangélica Missionária Ministério Vida. Como ele mesmo diz, trata-se de uma igreja movida pelo poder da Palavra de Deus, “que crê que Jesus salva, cura, liberta e transforma vidas”. O próprio líder se diz um fruto desse poder. Salomão conta que já esteve gravemente doente, sofrendo de hepatite, câncer e outras complicações que a medicina não podia curar. “Cheguei a morrer, mas miraculosamente voltei à vida”, garante o bispo, dizendo que chegou a jazer oito horas no necrotério de um hospital. “Voltei pela vontade de Deus”, comemora, cheio de fé.


Consciente, Salomão diz que milagres e manifestações naturais realmente acontecem, mas “somente para a exaltação e a glória do Senhor, e não de homens ou denominações”. O bispo também observa que alguns têm feito do poder extraordinário de Jesus uma grande indústria de milagres: “O Senhor não dá sua glória para ninguém. Ele opera maravilhas através da instrumentalidade de nossas vidas”. E faz questão de reiterar a simplicidade com que Jesus viveu sua vida terrena e que, muitas vezes, realizou grandes milagres sem nenhum alarde. “O agir de Deus não é um espetáculo.” (Colaborou Carlos Fernandes)



Sangue fajuto



A novidade chama a atenção pelo seu aspecto bizarro. Num templo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), fiéis caminham através de pórticos representando diversos aspectos da vida (“Saúde financeira”, “Família”, “Finanças”). Até aí, nada demais – os chamados atos proféticos como este são comuns na denominação. O mais estranho acontece depois. Caracterizados como sacerdotes do Antigo Testamento, pastores da Universal recebem as pessoas e, sobre um pequeno altar estilizado, fazem um “sacrifício de sangue”. A nova prática vem ganhando espaço nos cultos da Iurd, igreja que já introduziu no neopentecostalismo uma série de elementos simbólicos. Tudo bem que o sangue não é real (trata-se de simples tinta), mas a imolação simulada vai contra tudo o que ensina o Novo Testamento, segundo o qual Jesus, o Cordeiro de Deus, entregou-se a si mesmo como supremo e definitivo sacrifício pela humanidade. Com sangue puro, e não cenográfico.




quarta-feira, 25 de maio de 2011

ÁGUIA ou Galinha, o que VOCÊ É?




Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.
Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista: - Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.
-De fato - disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extenção.
- Não - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não - insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como uma águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse: - já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra as suas asas e voe!
A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá em baixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.
O camponês comentou: - Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
- Não - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.
No dia seguinte o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe: Águia, já que você é uma águia, abra as suas asas e voe!
Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi junto delas.
O camponês sorriu e voltou à carga: - Eu lhe havia dito, ela virou galinha!
- Não - respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.
No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.
O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe: Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico Kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E comessou a voar para o alto, voar cada vez mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento...

E terminou conclamando:





"Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como águias. Jamais nos contentaremos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar"

Fonte: Mídia Gospel

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fim do Mundo: Seguidores de Grupo Cristão Querem Explicações após Largarem Tudo

Seguidores esperam explicação pela previsão falha do Fim do Mundo de 21 de Maio de Harold Camping.


Passou o dia 21 de Maio e também se foi o fim do mundo não aconteceu. Agora muitos estão desejando que Harold deve dar uma explicação.


De fato, o pregador está buscando discrição saindo do foco de sua previsão falha. A website da Family Radio não está sendo atualizada, e ainda proclama o dia do Julgamento Final em 21 de Maio, de acordo com o jornal americano Daily News.

Camping espalhou anúncios por diversas partes do mundo levando até outras pessoas largarem seus empregos e casas para alertar as pessoas sobre a sua previsão do arrebatamento.

Decepcionado, um trabalhador da MTA disse, “Eu não entendo,” depois que constatou que o arrebatamento não aconteceu. “Eu não entendo por que nada aconteceu,” disse Robert Fitzpatrick, de 60 anos de idade.

Outros também ficaram apenas na esperança dizendo que o céu seria um lugar melhor para se viver.

“Eu estava esperando por isso porque eu acho que o céu seria um lugar melhor do que essa terra,” disse Keith Bauer que dirigiu desde Maryland para Califórnia para esperar pelo arrebatamento na sede da Family Radio.

Tantos os adeptos quanto os críticos esperam que Camping explique sobre sua errônea previsão, como ele fez em 1994.

“Eu espero realmente que ele tenha uma explicação,” disse Steve Wohlberg, um ministro de Idaho que na semana passada contestou abertamente a previsão de Camping de 21 de maio.

Wohlberg e muitos teólogos cristãos acreditam que ofim do mundo se aproxima, entretanto argumentam que não se sabe a data do fim dos dias.

Ainda com relação a se estudar a Bíblia tentando encontrar uma fórmula para se calcular a data do arrebatamento, um professor do Seminário Fuller Clay Schmit disse, “Há certas coisas sobre a fé que estão realmente escondidas por trás do véu,” disse professor de pregação da Fuller.

Desta maneira, aqueles que usam a Bíblia para formular teorias, equações que não são claramente encontrados no texto, estão indo além dos propósitos das escrituras.


Christian Post

Fonte: O Galileo
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